Superpopulação de Cães e Gatos errantes

O problema da superpopulação de cães e gatos de rua em Santa Maria, está cada vez mais em foco.
O sofrimento animal já não é mais tolerado por diversos segmentos da sociedade, e maus tratos e abandono de animais passou a ser um problema não somente para os próprios animais abandonados, mas também um problema de saúde pública.
Dezenas de animais de rua são abandonados diariamente em nosso município e nenhuma solução governamental (de forma humanitária) é tomada para resolver a situação.
As crueldades impostas aos animais principalmente dentro dos lares, é um reflexo de uma sociedade doente e pobre.
Os animais são tutelados do Estado, ou seja, são responsabilidade dos órgãos públicos, que deveriam se preocupar com o Bem-estar animal e tentar de alguma forma educar a população no sentido de evitar o abandono e maus tratos.
Santa Maria é uma das cidades que possui os animais comunitários mais bem tratados do Brasil, e tem baixa taxa de abandono, pois há 26 anos o “Clube Amigos dos Animais” presidido pela Médica Veterinária Marlene Nascimento e auxiliada por voluntários (www.clubeamigosdosanimais.com.br), vem fazendo um maravilhoso e eficiente trabalho de conscientização com a população carente, além de fazer palestras exibir vídeos educativos em muitas escolas de Santa Maria, tendo como objetivo, estimular a “Guarda Responsável de Cães e Gatos” e o amor ao próximo e ao meio ambiente.
Juntamente com este trabalho de conscientização, o Clube Amigos dos Animais realiza castrações a baixo custo em animais da população carente, faz aplicação de vermífugo, parasiticida e vacinas com bastante frequência. Este trabalho não recebe auxílio algum da prefeitura ou de algum órgão público. A captação de recursos é feita através de venda de camisetas e também através da ajuda de pessoas da sociedade que se importam com a vida e o destino dos animais. São as chamadas “Protetoras dos Animais”, que apadrinham as castrações e o tratamento dos animais abandonados.
Quantas pessoas ao passarem por um animal doente ou atropelado se emocionam e se sensibilizam e acabam levando esses animais ao Médico Veterinário. Em cidades que possuem CCZ eutanásico, as pessoas passam pelos animais doentes e simplesmente o máximo que fazem é ligar para a “Carrocinha” e pedir para recolherem o animal, que será na maioria das vezes eutanasiado. Isso entristece e afasta a população, que prefere não se envolver em problemas sociais, por achar que não tem poder para ajudar. Já que a própria prefeitura sacrifica animais saudáveis em nome da saúde pública, só pode ser esta a solução, não é mesmo?
Em Santa Maria, já sabemos que não é assim que funciona, pois criou-se uma cultura de valorização da vida animal, ou seja, as protetoras (que cada vez estão em número maior) recolhem estes animais, levam ao veterinário, pagam todo o tratamento, castram os animais e acolhem os mesmos em seu lar, para posteriormente doar ao animais a proprietários responsáveis que os adotem.
Isto gera um CICLO DE AMOR e comprometimento da sociedade. A participação social e compaixão com seres que sofrem são estimuladas de maneira muito positiva, podendo na maioria das vezes, ajudar a disseminar este amor e compaixão aos animais para também seres humanos que sofrem.